quinta-feira, 21 de junho de 2012


LIXO
Alex Silva / Germano Lüders

REAPROVEITAMENTO

Sacolas de papel ou plástico: qual delas é melhor?

Entre uma sacola de papel e uma sacola de plástico, o mais sensato a fazer é guardar as duas e usá-las de novo muitas e muitas vezes


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Vistas por toda parte, nos mais diversos usos, distribuídas de graça e descartadas sem dó nem piedade, as sacolinhas plásticas tal qual são encontradas hoje em dia nos supermercados - um saco com buracos que formam alças, leve, resistente e barato - têm, elas também, sua história. Foram inventadas na Suécia, pelo engenheiro Sten Gustaf Thulin, no começo dos anos 60, e levaram uns dez anos para tomar o lugar das sacolas de papel, bem mais caras e passíveis de se rasgar e espalhar as compras na calçada.

Usadas à vontade, foram se empilhando e chamando atenção para o fato de que seu material é praticamente perene, incapaz de se degradar - um problema de proporções monumentais, levando-se em conta que os sacos plásticos representam hoje 10% de tudo o que se joga fora. Diante do movimento para que se deixe de usá-los, pergunta-se: melhor voltar ao papel? Ao lado, a resposta.

DILEMA NO SUPERMERCADO
Uma lei sancionada em maio, mas suspensa por liminar na Justiça, proíbe o uso de sacolas de plástico no comércio de São Paulo. Mas, afinal, a alternativa mais comum - as sacolas de papel - é mesmo tão ruim?

PAPEL
O Brasil está entre os dez maiores produtores de papel do mundo e 100% dele vem de áreas de reflorestamento cultivadas para esse fim

Como se faz
1. Os troncos das árvores derrubadas são levados para a serraria, onde passam três anos secando
2. Os troncos sem casca são cortados em pedacinhos, que vão "cozinhar" em alta pressão
3. A madeira "cozida" é misturada a cal e ácido sulfúrico e se transforma em polpa
4. A polpa é lavada, branqueada e prensada na forma de papel

Como polui Produtos químicos tóxicos empregados na fabricação de papel poluem o ar e a água e provocam chuva ácida

Como se recicla O papel precisa voltar ao estado depolpa, o que requer o uso extensivo de produtos químicos

Como se biodegrada
O papel é biodegradável, mas para isso precisa de água, luz e oxigênio. Enterrado em lixões, o papel, em sua maior parte, não se decompõe totalmente

PLÁSTICO O Brasil produz 15 bilhões de sacolas plásticas anualmente. No mundo, 4 bilhões vão para o lixo todo ano. Amarradas, elas dariam a volta à Terra 63 vezes

Como se faz
1. O plástico é feito de polietileno, que sai da refinaria na forma de pastilhas de resina
2. Uma máquina aquece as pastilhas a 340 graus e retira delas um tubo longo e fino de plástico
3. Uma barra aquecida marca linhas paralelas, que são cortadas em seções iguais
4. As seções são separadas e as alças são recortadas

Como polui Na classificação das substâncias com resíduos mais danosos, cinco das seis primeiras entram na produção de plásticos

Como se recicla Para ser reciclado, o plástico precisa antes ser remoldado e reformatado, processo que demanda tempo e dinheiro

Como se biodegrada
O plástico não é biodegradável, mas ocupa menos espaço no lixão: 2 000 sacolas plásticas pesam 15 quilos; 2 000 sacolas de papel pesam 130 quilos

PAPEL X PLÁSTICO
Conclusão

Sejam de papel, sejam de plástico, o melhor mesmo é reutilizar as sacolas

http://planetasustentavel.abril.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012


As 50 Empresas do Bem

Um dos maiores desafios do Brasil, a gestão de resíduos virou lei. Conheça algumas companhias que saíram na frente e criaram projetos que aliam sustentabilidade econômica e social

Durante muito tempo, os brasileiros jogaram no lixo, literalmente, uma montanha de dinheiro, estimada em R$ 8 bilhões por ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Essa conta se refere apenas aos recursos que deixam de ser ganhos com o reaproveitamento dos resíduos no próprio sistema produtivo da empresa ou com a venda de insumos, como plástico, alumínio e vidro, para reciclagem. Além do aspecto financeiro, essa postura ajuda a agravar o quadro de doenças e tragédias que assolam o País. É que aquela inofensiva garrafa PET largada nas ruas de uma cidade como São Paulo pode ter um efeito desastroso na vida dos cidadãos, especialmente em dias de chuva. A partir de junho, porém, essa história tem grandes chances de mudar. 

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E a mola propulsora é a Lei de Resíduos Sólidos (12.305/2010). Em linhas gerais, ela obriga todas as companhias a montar um esquema para recolher e dar destino correto aos insumos gerados por sua atividade. Em outras palavras, a chamada logística reversa. Apesar de chegar atrasado nessa corrida países como Estados Unidos, Japão e Alemanha adotaram dispositivos semelhantes a partir da década de 1970 , o governo brasileiro espera recuperar o tempo perdido. Nossa lei é baseada nas últimas diretrizes da União Europeia, diz Silvano Silvério da Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.


Boas práticas brasileiras no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza


Proteção ambiental, desenvolvimento econômico e inclusão social serão os pilares da Conferência Rio+20. O Brasil deverá aproveitar a oportunidade para demonstrar que é possível entrelaçar esses conceitos e transformá-los em realidade.


Os projetos de inclusão social apresentados a seguir são apenas amostras de algumas das inúmeras iniciativas comunitárias que promovem bem-estar social com sustentabilidade, patrocinadas por órgãos públicos e privados. Os critérios de seleção partem da experiência acumulada por entidades públicas, através de concursos periódicos, que buscam dar visibilidade a iniciativas exitosas de inclusão social, passíveis de serem replicadas em outras áreas do país. Tais projetos partem do plano local para o nacional.

De outra perspectiva, no plano do macro-planejamento, o Governo brasileiro promove políticas de inclusão a partir da coordenação de ações entre vários Ministérios. Essa estratégia está condensada no Programa “Brasil sem Miséria”, sucessor do Programa “Fome Zero”.
http://www.rio20.gov.br/clientes/rio20/rio20/brasil/boas-praticas

O Governo brasileiro na Rio+20 

A perspectiva brasileira




Para o Brasil, que em 2007 propôs a Rio+20 e que estará presidindo a reunião, é essencial que as discussões se guiem pelo princípio da não-regressão, que não aceita retrocessos com relação a conceitos e compromissos internacionais previamente assumidos. Esse princípio torna-se ainda mais importante diante dos desafios globais que requerem a adoção de soluções inovadoras e ousadas para enfrentar as necessidades dos três pilares do desenvolvimento sustentável de forma abrangente e equilibrada.
Os resultados devem garantir que todos os países sintam-se capazes de implementar as decisões adotadas no Rio com base na criação de condições adequadas – os recursos necessários de natureza financeira, tecnológica e de treinamento – para implementá-las, construindo assim uma visão compartilhada de sustentabilidade válida, que prevaleça durante as próximas décadas. É importante destacar que a Rio+20 é uma Conferência sobre desenvolvimento sustentável, e não apenas sobre o meio ambiente. O desafio da sustentabilidade, portanto, representa uma oportunidade excepcional para se mudar um modelo de desenvolvimento econômico que ainda precisa incluir plenamente as preocupações com o desenvolvimento social e a proteção ambiental.
Para o Brasil, as discussões na Rio+20 devem servir para incrementar a conexão entre os objetivos gerais expressos no conceito de desenvolvimento sustentável e a realidade econômica, tornando-se, assim, um instrumento para implementar compromissos com o desenvolvimento sustentável. Para aprimorar e disseminar o conceito de “economia verde”, o Brasil propõe que a Rio+20 examine a “economia verde inclusiva”, destacando a importância do pilar social e resumindo o propósito da Conferência (“economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”). Dessa perspectiva, as discussões devem focalizar um ciclo sustentável de desenvolvimento, com a incorporação de bilhões de pessoas à economia, com o consumo de bens e serviços dentro de padrões sustentáveis.
A “economia verde inclusiva” já encontra um exemplo em políticas públicas de vários países, na forma de programas em áreas como transferência de renda; atividades para promover a conservação ou a recuperação ambiental; apoio a segmentos da população cuja renda se origina na reciclagem de resíduos sólidos; disseminação de boas práticas agrícolas usando tecnologias acessíveis a pequenas propriedades rurais e famílias de agricultores; e treinamento em tecnologias com maior eficiência energética.
http://www.rio20.gov.br/brasil

Brasil na Rio+20

Planeta terra com a américa do sul e bandeira do brasilDesde a Rio-92, o tema do desenvolvimento sustentável ocupa lugar central na política externa brasileira. A proposta do país de sediar a Rio+20 se enquadra nessa prioridade, ao criar oportunidade para que todos os países das Nações Unidas se reúnam, mais uma vez no Rio de Janeiro, para discutir os rumos do desenvolvimento sustentável para os próximos vinte anos.

Na qualidade de Presidente da Conferência, o Brasil será responsável pela coordenação das discussões e trabalhará para a formação de consensos e adoção de decisões concretas que visem ao objetivo do desenvolvimento sustentável. 
Como país-membro das Nações Unidas, o Brasil apresentou ao Secretariado da Conferência suacontribuição nacional ao documento-base que dará início ao processo negociador dos documentos da Rio+20.
É especial o significado de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro. Como sede da Cúpula da Terra, que consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável em 1992, o Rio de Janeiro é o local ideal para realização da Rio+20, que apontará os caminhos futuros do desenvolvimento. O legado da Rio-92 – principalmente a Declaração do Rio, a Agenda 21, a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica - estarão associados para sempre à lembrança da intensa participação da sociedade civil em debates da ONU, gerando o que se chamou de  “espírito do Rio”.
No plano interno, a Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, criada pelo Decreto 7.495 de 7 de junho de 2011, tem a atribuição de articular os eixos da participação do Brasil na Conferência. É co-presidida pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. 
Fazem parte da Comissão outros 28 Ministérios e órgãos da Administração Federal associados aos temas do desenvolvimento sustentável, bem como representantes do Governo do Estado e da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. A Comissão Nacional conta ainda com uma Secretaria-Executiva, presidida pelo Ministério das Relações Exteriores e integrada pelo Ministério da Fazenda; o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e o Ministério do Meio Ambiente, responsáveis, respectivamente, pelos pilares econômico, social e ambiental na Secretaria-Executiva.
A sociedade civil é parte integral da Comissão Nacional, contando com cerca de quarenta membros, representantes de diversos setores sociais, selecionados em processo transparente e inclusivo. Fazem parte da Comissão representantes de órgãos estaduais e municipais do meio ambiente, da comunidade acadêmica, de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, setores empresariais, trabalhadores, jovens, organizações não-governamentais e movimentos sociais. O processo de escolha dos integrantes da Comissão Nacional foi guiado pela Portaria Interministerial 217, de 17 de junho de 2011. 
Para tratar da organização logística da Conferência, foi criado, também pelo Decreto 7.495, o “Comitê Nacional de Organização” (CNO), que tem como atribuições o planejamento e a execução das medidas necessárias à realização da Conferência Rio+20, inclusive a gestão dos recursos e contratos relativos aos eventos oficiais realizados no contexto da Organização das Nações Unidas. Também faz parte de suas competências a execução das atividades referentes à administração de material, obras, transportes, patrimônio, recursos humanos, orçamentários e financeiros, à comunicação, ao protocolo, à segurança e à conservação dos imóveis e do mobiliário utilizados na organização e na realização da Rio+20.



LIXEIRA COM PEDAL

As cores que ajudam a reciclar







Para cada tipo de lixo, uma cor. Esse é o papel das lixeiras seletivas: auxiliar na separação das diversas modalidades de descarte e facilitar a reciclagem. A organização proporcionada por elas multiplica a possibilidade de êxito do reaproveitamento dos materiais e serve como um alerta à população para a importância de selecionar os rejeitos pensando em um novo jeito de usá-los no futuro. Aliás, você sabia que a maior parte do que é descartado por nós pode ser reutilizado ou reciclado? Pois é. E, para que os materiais possam passar pelos processos necessários até retornar ao nosso dia a dia, com novas utilidades, estes não devem estar contaminados, nem misturados com outros resíduos.
Separar o que jogamos fora evita a inutilização de valiosas matérias-primas para fabricar novos objetos.
O uso da lixeira para coleta seletiva possibilita a separação dos materiais recicláveis dos não recicláveis, pré-selecionando estes entre seus tipos. Essa primeira classificação contribui para a redução do acúmulo progressivo de resíduos em locais não apropriados, sobretudo os não degradáveis e os que demoram centenas de anos para se decompor.
A reciclagem tornou-se uma ação de grande importância na vida moderna graças ao aumento do consumismo e diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos acessórios, os quais se tornaram indispensáveis no nosso dia a dia. Com isso  surgiu um grande problema: qual o destino correto de cada material?  Antigamente, os detritos produzidos pelas pessoas tinham como destino lixeiras comuns, que não possibilitavam a separação dos materiais. Lixo era de um tipo só. Tudo na mesma lata, com o mesmo endereço: aterros sanitários. O aumento exponencial da quantidade de rejeitos e da evolução tecnológica, aliado ao interesse econômico de busca de mais matérias-primas de baixo custo, o até então vulgarizado “lixo” começou a perder o caráter pejorativo do nome e a ser considerado um resíduo passível de ser reaproveitado.